24 de julho de 2009

16 de julho de 2009

Estão todos convidados ao nosso espetáculoo

A Revolta dos Perus no,
Espaço Teatro Parabelo.




19 de Julho às 17:00h
Espaço Teatro Parabelo.
(3ª travessa da rua atrás do Bradesco da Av. Mutinga, próximo a escola Jairo Ramos. Ônibus que saem do terminal pirituba, 8008 Sta. Mônica e 917h Vl. Mariana. descer em frente ao Bradesco)


*Em caso de Chuva não haverá espetáculo.

1 de julho de 2009

Assistir "A Revolta dos Perus"...

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"Assistir "A Revolta dos Perus", do Grupo Pandora, é retornar à origem do teatro, onde não haviam sido criadas fórmulas ou métodos, simplesmente um grupo de pessoas dispostas a dizer algo e várias outras dispostas a ouvir tudo que o outro grupo diz... Por que eles realmente têm várias coisas importantes a dizer e esta é a síntese do teatro. Desde o início, vemos formando a nossa frente algo que também é fundamental quando se fala na arte teatral, o grupo. Num mundo onde o "show business" enalteceu a figura da estrela como fundamental para a realização de uma peça teatral, os atores do Pandora, nos levam de volta para o mundo onde as pessoas se reuniam para mostrar aos outros a história de seu povo, da sua gente, através da alegria e da festa do reencontro das pessoas do grupo... E a nós, pessoas de teatro, que inveja isto nos dá.
Do encontro destas fórmulas de grupo teatral perfeito, não poderíamos ter outra conseqüência em termos de peça, senão o de rirmos e nos emocionarmos durante quase uma hora de espetáculo com a história da formação do bairro de Perus. Isto quando vamos a uma apresentação teatral é muito acima da média. Isto, que vocês fazem, é teatro. Parabéns Grupo Pandora!"

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Comentou: Sergio Carvalho da Fonseca , Diretor da Cia. Memória da Casa, de Cajamar. Sobre a apresentação do espetaculo "A revolta dos Perus" no CEU parque anhanguera.

A REVOLUÇÃO DOS PERUS

(ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FRAGMENTADAS SOBRE "A REVOLTA DOS PERUS”)



"Muitos (ainda) veem as criações artísticas como negação do mundo real em
que vivemos; — afinal, delas deve emanar alguma beleza única, rara, transcendental, eterna talvez, impossível de ser realizada aqui… Porém… ignoram
eles que o encanto é um arco-íris que, após uma tempestade, desaparece do horizonte mas se fixa na memória de quem contemplou suas cores. Pode-se dizer, portanto, que o encanto da peça teatral “A revolta dos perus”, do grupo Pandora (que é o maior milagre cultural do bairro Perus/ S. Paulo) está no momentâneo ato de revelar, e preservar, as passagens multifacetadas do Tempo na História — ato que revela, preservando, as angústias e os sonhos de um belo mundo. Não há, logo, como encenar essas passagens sem variar os tons: assistimos, em sequencia, a um caricato patrão capitalista e opressor (contudo incapaz de impedir a luta dos trabalhadores “queixadas”) e, depois, a uma mulher que se contrapõe a vozes ditatoriais que silenciavam a verdade da década de setenta (séc. XX). Comédia e Drama, em uma mesma peça, perfuram aos olhos do espectador, e modulam a História da qual faz parte um bairro pobre de S. Paulo. E, em meio a tantas variações de tons, valores como liberdade de expressão e pensamento, e luta por melhores condições de vida, são revelações preservadas pela arte do grupo, assim como o arco-íris em nossa memória.A arte não escapa ao mundo, e nem o nega, pois o revela; mas, mesmo que ela nos pareça desenhar lágrimas e risos amargos, semelha ao arco-íris que ainda persiste em surgir depois de uma tempestade — para fixar-se em nossa memória como utopia de um belo mundo por realizar. E a peça encenada pelo grupo Pandora tem esse poder de persistir no seu ato de revelar."
Comentou: Ailton Bosinho, Professor, Poeta e Coordenador do Projeto Phone Raps. Sobre a apresentação do espetaculo "A revolta dos Perus" no CEU